Cães Medrosos

AJUDE SEU CÃO A NÃO TER MEDO

Pequenos ou grandes, eles entram em pânico com muito barulho e movimento.

Mas você já parou pra pensar por que eles têm tanto medo assim?

Os motivos podem variar. Tome nota e entenda melhor o seu cão.

Quando o medo aparece

Existem dois períodos na vida de um filhote em que ele pode ser traumatizado com mais facilidade.

O primeiro ocorre entre 8 e 11 semanas de vida. O segundo vai do 6º ao 14º mês de vida.

Quase todos passam por esta fase sem muitos sustos, mas se acontece algo fora do comum, as sequelas podem ser refletidas pra sempre.

Medo por trauma

Mesmo que o cachorro não esteja numa fase de impressão do medo, se uma tábua de passar roupa cair em cima da patinha dele, causando dor e fazendo um barulhão danado, pode contar que o dog vai passar a ter medo de barulhos altos e secos.

Às vezes, coisas muito mais sutis aos nossos olhos podem causar esta associação, por exemplo, uma porta que bate com o vento bem antes do cachorro levar um pisão (sem querer, é claro!).

Diferente da fase de impressão do medo, aqui os estímulos negativos precisam ser muito fortes para que o medo se torne permanente.

Medo que está no sangue

Alguns cães são mais sensíveis do que outros com relação a sons e movimentos bruscos.

Eles já nascem assim e desde pequenos procuravam um cantinho quando alguém bate palmas ou dá um assobio forte perto deles.

O cãozinho pode ter “puxado” a um dos pais, que também era medroso.

O jeito é tentar diminuir a sensibilidade dele gradualmente e para que ele supere os medos da melhor maneira possível.

Medo de cachorro mimado

Cães reagem de acordo com o meio ambiente que vivem.

Se um cachorrinho vive com uma família cheia de crianças, dificilmente ele irá se importar com a barulheira generalizada.

Porém, um cão criado em uma casa silenciosa, onde todos falam baixinho, provavelmente vai estranhar se alguém berrar com ele.

O que fazer?

 

1. Não recompense o cão quando ele estiver com medo.

Mimar e dar carinho nessas horas só vai fazê-lo pensar que ficar com medo é legal.

 

2. Se ele ainda for pequeno, evite situações em que ele pode ser traumatizado.

 

3. Exponha o cachorro ao barulho aos poucos e com segurança. Faça festas em casa, convide os amigos, ligue o rádio…

Deixe ele adaptado a um pouco de bagunça.

 

4. Ligue os aparelhos domésticos por perto pra ele se acostumar com o barulho.

 

5. Quando a seleção fizer gol ou em qualquer outra situação de barulho, engaje seu cachorro na brincadeira que ele mais gosta.

Jogue bolinha, dê um petisco, faça um carinho.

Com o tempo ele não vai mais achar que o barulho é tão ruim.

 

6. Se tudo falhar e o seu cachorro apresentar sinais de estresse extremo, converse com o seu veterinário.

Claudia Pizzolatto, treinadora e especialista em comportamento canino.


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Você alimenta o medo do seu cão?

 

Entenda a psicologia por trás do medo e aprenda como prevenir uma fobia.

A fórmula do medo: Medo = Insegurança (baixa auto-estima) + Trauma (evento aversivo causado por agente externo).

 

Cães nascem mais dominantes ou mais submissos e os mais submissos tem uma predisposição maior à insegurança.

Na natureza eles jamais desenvolvem uma fobia, pois o comportamento de medo é ignorado pela matilha, obrigando o cão assustado a seguir em frente.

Os cães criados entre humanos têm o seu medo reforçado pelos donos e, ao invés de seguirem em frente, como na natureza, estagnam no quadro de medo e o intensificam desenvolvendo fobias.

 

Como reforçamos e intensificamos o medo de nosso cão?

O ser humano não só humaniza seus cães como também os infantiliza, consequentemente, usam a psicologia infantil para lidar com o medo do seu animal de estimação.

Um bebê precisa se sentir protegido pela mãe quando tem medo, um cão precisa ser liderado com energia calma e firme quando tem medo.

Uma cadela apenas dá ferramentas para que seu filhote cresça forte pra ganhar a vida tão logo seja possível, facilitando seu amadurecimento.

A mãe humana tem por hábito, viver a vida do filho até este não suportar mais, dificultando o amadurecimento.

Reforçamos o medo com carícias e palavras de consolo quando o cão está neste estado.

Ao contrário do que se possa imaginar, isso não funciona como alento ao animal e sim como uma recompensa por sentir medo.

É como se disséssemos “Bom garoto, sinta mais medo!” e, este medo irá aumentar gradativamente até virar uma fobia incontrolável.

Um bom exemplo desse reforço de medo é a clínica veterinária.

Quase todo cão mais submisso tem medo de clínicas, justamente por tentarmos acalmá-lo de maneira errada, muitas vezes incentivada pelos próprios veterinários, que embora sejam os maiores conhecedores de saúde

animal, não aprendem psicologia canina na faculdade.

O que fazer com um cão inseguro?

Devemos ignorar o medo. Não olhar, não tocar e não falar com um cão nesse estado.

Se fizermos isso desde o primeiro sinal de medo, raramente evoluirá.

Se seu cão já desenvolveu o medo, tente antecipar o evento causador do trauma e, antes que os sintomas apareçam convide-o para uma atividade que ele goste (passeio, brincadeira, treinamento com petiscos etc.), ele irá

associar o evento, antes traumatizante, a uma atividade positiva e perderá o medo.

Essas dicas funcionam para cães que ainda não desenvolveram ou estão no nível 1 de medo.

Se o cão está no nível 2 ou já desenvolveu uma fobia, é necessário consultar um profissional em comportamento canino.

O cão precisará uma terapia comportamental, o mais rápido possível, antes que o problema evolua ainda mais.

Bruno Leite

http://www.tudosobrecachorros.com.br/2011/04/o-medo-no-cao.html


Medo de Trovão

 

Fogos em dia de futebol, trovões numa tempestade… Entenda por que tantos cães tem medo de estrondos.

Não raro, cães entram em desespero ao ouvir explosões.

Babam, tremem e, muitas vezes, tentam entrar em locais pequenos demais para eles ou se jogar pela janela.

O estresse pode ser tanto que, no dia seguinte, ficam doentes ou se machucam seriamente.

Mas, por que ficam tão apavorados?

 

Instinto de preservação

Barulhos altos podem significar perigo. Por isso, de maneira geral, os animais tentam fugir de tais sons.

Estrondos passam a idéia de que algo grande e poderoso se aproxima, como árvores caindo, relâmpagos etc.

Os antepassados dos cães que mais fugiram desses sons foram os que mais tiveram chances de sobreviver.

Até mesmo dentro de nossas casas um barulho alto pode significar perigo. Imagine um móvel inteiro caindo perto do cão.

É de se esperar que ele saia correndo para não se ferir.

 

Não é dor no ouvido

Muitas pessoas alegam que seus cães têm a audição muito sensível e que, por isso, sons fortes como de fogos e trovões são capazes de causar dor no sistema auditivo.

Um estampido extremamente forte, em contato direto com o ouvido do cão, pode ter esse efeito, mas é raro isso acontecer.

Apesar de os cães terem ótima audição, não é por dor que ficam assustados.

A verdadeira causa é a associação que fazem de perigo com determinado barulho.

 

Trauma

Sempre que se assusta demais, o cão pode desenvolver trauma.

Se um barulho muito forte o apavorar, outros ruídos semelhantes passarão a causar medo enorme, simplesmente por estarem associados ao grande susto inicial.

É o que acontece quando um cão começa a tremer e a ficar ansioso com trovões fracos, bem distantes.

Há casos em que a umidade do ar, o vento e a mudança da luminosidade são associados com o perigo de barulhos altos.

Ou seja, antes mesmo de a tempestade se formar, o cão já pode estar sofrendo.

 

Cura difícil

Infelizmente, não é fácil resolver esse problema, mas existem várias dicas para amenizá-lo.

Casos de recuperação total acontecem.

Não desanime, portanto.

Almeje o tratamento e evite submeter o cão a mais sofrimento que o necessário.

Proceda com calma e consideração.

 

Local de confiança e protegido

Muitos cães normalmente escolhem um lugar para se abrigarem quando estão com medo.

Se esse for o caso do seu cão, procure respeitar o local escolhido por ele – permita que fique lá.

Além disso, se possível, crie um espaço com janelas e portas vedadas – quanto mais a prova de som, melhor -, e acostume o cão a frequentá-lo.

Se você escolheu o seu quarto, ótimo!

Usar um ambiente associado com a sua pessoa vai ajudar bastante a deixar o cão mais seguro.

Dentro desse lugar, habitue-o a ouvir sons altos, bem altos, como de TV, rádio ou um CD.

Desse modo, quando houver barulho de fogos ou trovões você poderá encobri-los, mesmo que parcialmente.

Acostume o cão a brincar e a se divertir naquele ambiente também sem haver trovões ou rojões, para o local não ser associado a barulhos assustadores.

 

Acostumar aos poucos

Sempre que você e o cão ouvirem um barulho semelhante ao que causa medo nele, comemore com ele – dê petisco, jogue bola etc.

Tenha cuidado para nunca demonstrar que você se assustou com um barulho.

O seu papel é ser fonte de segurança – esse exercício só funcionará se o cão se sentir relativamente seguro.

Por isso, não se agache para protegê-lo quando houver um estrondo.

Para ele, o ato de agachar pode ser sinal de medo.

Um modo seguro de acostumar o cão com barulhos cada vez mais altos é gravar sons de tempestade e de fogos e reproduzi-los em momentos agradáveis.

Para ele não ficar assustado, respeite sempre os limites.

 

Evite novos traumas

Todo o treino pode ir por água abaixo se novos traumas surgirem em decorrência dos ruídos.

Considere, portanto, a possibilidade de, no dia de uma grande partida de futebol, na virada de ano novo ou quando mais for necessário, lançar mão de ansiolíticos (medicação tranquilizante).

Consulte seu veterinário sobre isso. Antes de usar o remédio diante de estímulos muito estressantes para o cão, teste o remédio.

Há possibilidade de o cão ficar ansioso em vez de calmo. Procure também observar se a dose está adequada.

Em excesso, o remédio pode deixar o cão desequilibrado ou sonolento demais.

Nesse último caso, ele deverá ficar confinado num espaço seguro e protegido de qualquer perigo, já que perambular pela casa causaria risco de bater em algo ou cair da varanda, por exemplo.

Fonte: Revista Cães & Cia, n. 361, junho de 2009 – http://www.tudosobrecachorros.com.br/2012/04/medo-de-trovao.html 


 

O medo tem tratamento

Se o seu cachorro é medroso, você deve ajudá-lo a superar o medo.
Alguns cães são muito medrosos por natureza.
Outros cães – que vivem experiência de uma situação desagradável – podem ficar com medo de coisas ou momentos específicos (por associação).

O maior agravante do medo dos cães é a maneira com que nós lidamos com ele no momento que sente medo.
Se falamos com tom de voz diferente, se damos bronca, se damos colo, se oferecemos um brinquedo ou petisco quando o cão está com medo, acabamos por reforçar o comportamento.
É como se estivéssemos dizendo: “Muito bem! Assim que eu gosto! Sinta medo (que eu te recompenso com agrados)”
O correto é ignorar o cão quando ele demonstra medo.
Para ignorar o cão basta não dar a ele atenção de nenhuma forma (não fale, não olhe para ele, não o toque).

Também é importante demonstrar segurança – postura assertiva e confiante.
Cães seguem o líder e o líder é sempre confiante e seguro.

MEDO DE PASSEAR
Se o cachorro demonstra medo de passear na rua, ofereça alguma sensação prazerosa.
Dar petiscos pode funcionar bem.
Ao colocar a coleira, dê um petisco e continue oferecendo a cada “2 passos” do seu cão em direção à rua.
Elogie-o bastante quando ele anda e ignore os sinais de medo.
Se ele recuar, volte um pouco e comece novamente.

MEDO DE ANDAR DE CARRO
Se na primeira viagem de carro o cachorro fica enjoado ele passa a associar esta sensação desagradável ao carro.
É preciso dessensibilizá-lo desse trauma.
A dessensibilização é a técnica de expor o animal aquilo que ele tem medo, de maneira gradual.
Se o animal tem medo de andar de carro, devemos acostumá-lo a entrar no carro parado e brincar e/ou alimentá-lo lá dentro.
Enquanto ele estiver relaxado, elogie bastante.
Se ele tensionar, ignore-o.
Aumente o desafio aos poucos.
Se ele estiver bem dentro do carro parado, ligue o motor.
Em seguida ande pequenos trechos.
E, se o cachorro só anda de carro para ir a programas que ele não gosta, como ir ao veterinário tomar vacinas, por exemplo, experimente levá-lo para um parque.

Comporte-se de maneira confiante: a pessoa com medo leva o animal a sentir medo também.


Texto inspirado no blog bichosaudavel.com da Rita Ericson, MV


 

Mais de 10% dos Cães são Medrosos

 

10% dos cães são medrosos e passam a maior parte do dia com pavor de alguma coisa: ruído de carros, trovões, de pessoas ou animais desconhecidos e até de passear.

O animal mostra-se assustado e, agitado ou acuado, parece que está sempre esperando o pior.

Esse medo pode ser inato ou adquirido, diz o veterinário Oswaldo Pasqualin.

Existe uma predisposição genética, e não racial, para a personalidade mais medrosa, mas o problema pode ser agravado por falhas na sociabilização do cachorro no período mais importante – até os 3 meses de idade – e coincide com a fase em que o cachorrinho não deve sair de casa porque ainda não foi vacinado.

Esse período é chamado de “janela da sociabilização”. Da 4ª à 11ª semana se dá a fase mais suscetível a traumas.

É nesse período que ele aprende do que tem medo e do que não tem.

O ideal é ir apresentando o mundo ao cão até que ele complete 3 meses e é preciso cuidado para que ele não tenha uma experiência ruim para que não fique traumatizado.

 

O cão filhote deve ser socializado

É importante que conheça outros animais e pessoas de fora do seu ambiente, ouça todo tipo de barulho (em clima de festa e recompensa).

Enquanto ele não passar pelo período das 3 doses das vacinas, pode sair no colo para lugares movimentados, andar de carro etc.

 

Má educação

Certa dose de medo é normal.

Na natureza, é essa emoção que garante a sobrevivência evitando que o animal se meta em situações perigosas.

Cães se assustam com o som dos trovões e certos barulhos porque têm audição muito mais sensível que a nossa.

A forma como o cão é tratado e sua educação vão influenciar no grau de valentia e medo.

Excesso de mimo ou maus-tratos certamente formarão um cão medroso.

O cachorro muito mimado não vai ser valente, sempre vai procurar o dono como apoio, nunca resolverá seu problema sozinho, afirma a veterinária Silvia Crusco.

 

O cão aprende fazendo associações.

Por exemplo, se ele apanha de uma pessoa que grita com um certo tom de voz, ele passará a ter medo de todas as pessoas com aquele tom de voz.

Portanto, cão que tem medo de vassoura ou chinelo, é porque apanhou… e isso não se faz porque além de não ensinar o cão pode gerar mais medo.

 

O medo pode gerar agressividade

Muitas pessoas acham que têm um cão bravo em casa, mas têm mesmo é um cão muito medroso.

A agressividade por medo, é uma das mais difíceis de controlar, porque o animal sente que vai ser atacado e agride para se defender e não de mostrar que é forte.

Ele demonstra claramente os sinais do medo: mostra os dentes e põe o rabo entre as pernas mas não avança nem recua, fica na dúvida testando o ambiente para descobrir até que ponto pode controlá-lo.

Se ele entender que será atacado, atacará para se proteger, diz Alexandre Rossi.

É possível corrigir essa agressividade com treinamento que funciona como terapia.

Texto adaptado da matéria de Deborah Giannini – http://www1.folha.uol.com.br/revista/rf0409200505.htm


MEDO DE PESSOAS

– Existe cão racista?

– É claro que NÃO!

Veja o artigo de Claudia Pizzolatto em http://www.saudeanimal.com.br/racista.htm

 

VÍDEO

Ensinando um cão medroso a passear

https://www.youtube.com/watch?v=kAR_YPE3Elk

 


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GatoVerde, em defesa dos Direitos Animais