Hábitos e Problemas Alimentares I
Dra. Luelyn Jockyman
Para entendermos melhor os felinos precisamos entender seu comportamento em todos os aspectos, e entre eles, o hábito alimentar. Assim como os humanos, os gatos tem distúrbios comportamentais que afetam a maneira como comem, ou deixam de comer.
Para analisarmos os problemas de ingestão de comida, vamos compreender um pouco do comportamento alimentar normal da maioria dos gatos.
Gatos são predadores solitários de pequenos animais, pássaros, répteis e insetos.
Embora sejam carnívoros, eles podem alimentar-se de dietas comerciais contendo uma grande porcentagem de carboidratos, que para serem completamente digeridos e assimilados pelos gatos, precisam ser bem cozidos.
Os gatos que tem livre acesso a comida podem comer de 10 a 20 pequenas refeições diariamente.
Sua dieta requer um alto nível de gordura e proteína se comparados com os cães, e doses extras dos aminoácidos taurina, arginina, cisteína e metionina.
Por isso, gatos não podem ser alimentados com ração para cães, pois vão apresentar sérios problemas nutricionais.
Gato deve comer ração de gato.
Os dentes dos felinos servem para matar a presa e rasgar pedaços de sua carne, mas não são usadas para triturá-la.
Por isso os gatos, ao ganharem um pedaço de carne muito grande tem tanto trabalho para arrancar os pedacinhos e engolem aos poucos, roendo como podem, as beiradas.
Animais que viviam no deserto parecem ter sido os antepassados dos gatos como conhecemos hoje, e não há nenhum indício de que pallets coloridos, preservativos, alto teor de carboidratos ou proteína causem qualquer mudança no comportamento dos gatos.
Ou seja, não interessa o que eles comem, vão continuar sendo os mesmos gatos de sempre.
Gatos não podem comer chocolate, porque contem ácido oxálico que impede a absorção de cálcio.
Além disso, contém teobromina, um alcalóide tóxico para felinos.
Aliás, gatos são muito sensíveis a várias substâncias, então nunca dê nenhum alimento ou medicamento antes de consultar o veterinário.
APETITE
É o estímulo para a ingestão de calorias e é controlada pela complexa interação de estímulos internos e externos.
A fome e a saciedade são controladas pelas áreas hipotalâmicas do cérebro, pelos níveis de energia do corpo no momento da refeição, pelo metabolismo do fígado e por hormônios específicos.
Os estímulos externos como a aparência da comida, conteúdo nutricional da dieta (como níveis de sal, gordura, etc.) e a experiência prévia do gato, influem na palatabilidade e contribuem para determinar o nível de apetite.
Diferentemente dos cães, gatos que se alimentam em grupo não comem mais estimulados pela concorrência.
Por isso, usar a competição como estímulo para fazer o gato comer quando este não está se alimentado, não é indicado.
Se o problema do gato é anorexia, ou seja, falta total de apetite, procure seu veterinário que lhe prescreverá drogas usadas para abrir o apetite felino e fazer com que ele coma.
Isso se ele não estiver doente.
PREFERÊNCIAS ALIMENTARES
Os gatos se tornam seletivos muito facilmente e podem chegar mesmo a desenvolver fixação por certos alimentos, especialmente se não experimentarem uma variedade de sabores enquanto jovens.
Quem ensina os filhotes que tipo de comida devem comer é a mãe-gata, e se ela tem preferência por um tipo de alimento na natureza, peixe ou pássaros, os gatinhos vão aprender com ela.
Se ela preferir um tipo, marca ou sabor de ração, os filhotes, apesar de aprenderem a comer outras, sempre terão preferência pela da mãe.
Para fazer uma troca de ração o ideal é deixar dois recipientes disponíveis, porque o gato, em geral, gosta de comer pequenas porções da nova comidinha por vários dias até que resolva trocar definitivamente, mesmo que a nova seja mais saborosa.
Na maioria das vezes gatos gostam de experimentar novas dietas e dão preferência para novos sabores, a não ser que tenham comido por longos períodos uma mesma ração.
Caso o gato não goste de sua nova dieta, ele irá comer pequenos bocados por alguns dias e não vai mais querer saber dela, não interessa o que você faça.
Mas atenção, não há necessidade de se fazer uma troca na dieta dos gatos.
Dentro de cada marca existem variedades de sabores, e ficar pulando de uma marca para outra não é o indicado.
Existem várias rações de excelente qualidade disponíveis no mercado, e sempre devemos buscar uma ração super premium se o orçamento doméstico assim o permitir.
Todo dono de gato sabe que gato odeia sair da rotina, portanto não inventar moda com a comida dele seria no mínimo, sábio.
Ao contrário dos cães, gatos, se deixados sem comida até acostumarem com a nova ração NÃO vão comer, e isso pode desencadear vários problemas fisiológicos.
Para fazer a transição da dieta coloque as duas rações disponíveis por 7 dias e deixe seu bichano lhe dizer qual sabor ele prefere e não o contrário.
O principal estímulo para que um felino doméstico coma é o odor do alimento, seguido pela textura e só então o gosto.
Antes de comer, os gatos gastam um tempão cheirando e testando a temperatura da comida, por isso são acusados de ter apetite caprichoso, ou seja, não é qualquer coisa que serve para ser comida.
Os gatos são individualistas e isso os torna fortemente comprometidos com certos tipos de alimentos.
Podemos, a partir daí, dividí-los em dois grupos: gatos que gostam de comidas pastosas ou lambedores, e gatos que gostam de comidas secas, ou mastigadores.
A palatabilidade da comida para gatos pode ser aumentada se aquecermos até que chegue a temperatura do corpo, acrescentarmos sal, acrescentarmos carne, tornando-a mais ácida ou amarga.
Como já vimos, existe uma variedade de preferências entre os gatos.
Essas variações parecem ser causadas por fatores genéticos e experiências determinadas pela mãe na infância.
Gatos geralmente não gostam de doces, temperos, ou comidas defumadas […]
Seu gato é gordinho? Ou já tem obesidade mórbida?
A seguir vamos entender os distúrbios comportamentais que afetam a ingestão de alimentos pelos felinos.
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Dra. Luelyn Jockyman, Médica Veterinária
Distúrbios Alimentares
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Hábitos e Problemas Alimentares II
Na edição passada aprendemos um pouco sobre os hábitos alimentares normais dos gatos.
A partir de agora vamos conhecer um pouco mais sobre os distúrbios alimentares que podem ou não estar relacionados a problemas de comportamento.
Anorexia
A anorexia, ou falta de apetite, normalmente é causada por alguma doença.
A rinotraqueíte felina, por exemplo, altera o olfato e o paladar dos gatos, contribuindo para que o animal pare de comer.
Gatos que estão sob estresse, como um novo lar ou hospedados em um hotelzinho, podem não querer se alimentar.
Para estabelecer a causa da falta de apetite é necessário passar por uma consulta com um veterinário.
Mesmo nos casos de doenças graves, os gatos devem ser sempre incentivados a comer.
E se, mesmo com a ajuda de drogas prescritas pelo veterinário para abrir o apetite, como os benzodiazepínicos, eles não voltarem a ingerir alimentos, é necessário à colocação de um tubo esofágico para alimentação forçada.
Por mais agressivo que esse procedimento possa parecer, ele é simples e pode determinar a vida ou a morte do bichano.
Se o gato estiver realmente estressado, existem drogas ansiolíticas que poderão ser prescritas pelo veterinário especializado, mas na maioria dos casos a causa da falta de apetite não é psicológica, e sim, devido a alguma doença.
Os felinos têm um instinto de sobrevivência desenvolvido e não deixam de comer sem um motivo sério.
Por isso é bom sempre considerar que seu gatinho esta doente, e não com um distúrbio comportamental, e buscar ajuda assim que possível.
Gatos que não comem direito por alguns dias, especialmente os que estão acima do peso, podem desenvolver problemas de fígado, como a lipidose hepática.
Esta doença é seríssima, e pode matar rapidamente se não diagnosticada e tratada a tempo.
Trata-se de um acúmulo anormal de lipídios no fígado, resultado do metabolismo acelerado de gordura corporal.
É importante ter em mente que animais que estão doentes e que não comem, podem desenvolver outros problemas nutricionais como deficiência de potássio, por exemplo, devido a falta de nutrientes básicos.
Por isso se seu gato não está comendo direito, voe para o veterinário, pois só ele pode resolver o problema.
Nunca esqueça que trata-se de uma emergência, onde o diagnóstico precoce faz muita diferença.
Predação
Os gatos possuem características físicas e sensoriais que os tornam excelentes caçadores.
Tocaiar, perseguir e caçar são comportamentos normais herdados dos pais.
Já o hábito de matar e comer a presa, são comportamentos aprendidos com a mãe.
Os gatos precisam ser ensinados que a presa é comida.
Se a mãe não ensinar que o animal que o filhote captura é para comer, o gato pode caçar e até matar a presa, mas não ingere.
O que os gatos caçam varia consideravelmente: alguns preferem pássaros e excluem ratos, enquanto outros podem só caçar ratos e cobras.
As fêmeas caçadorasensinam seus filhotes passo a passo como capturar, pegar, matar e comer a presa.
Gatinhos acima de cinco meses de idade que nunca aprenderam a matar sua caça, geralmente não matam ou comem o que capturam.
A fome estimula o comportamento predatório somente quando o gato já sabe que uma presa específica é comida.
Todo dono de gato que já encontrou penas debaixo da cama sabe que os nossos queridos filhos felinos caçam independentemente da fome.
Um felino bem alimentado com uma ração balanceada de boa qualidade, ensinado pela mãe a caçar e matar sua presa, vai matar a mesma quantidade de ratos que um gato sem dono e esfomeado mataria.
Portanto, aumentar a quantidade de comida que seu gato come não vai fazer com que pare de matar os passarinhos que vem cantar na sua janela.
Tão pouco vai impedir que defenda sua casa de ratos e camundongos.
Por isso, dê a quantidade de comida recomendada, nem mais, nem menos.
O único modo de evitar que um gato cace é prevenir o acesso a presa, prendendo-o dentro de casa.
Remover as unhas dos gatos, uma prática agressiva e desumana não adianta nada, já que muitos gatos sem unhas têm pouco ou nenhum problema em caçar e matar suas presas. Aliás, jamais considerem esse método em hipótese alguma.
A predação pode ser prevenida selecionando os reprodutores que não caçam, ou tirando os filhotes de uma mãe caçadora ao redor de quatro semanas de idade.
Para aqueles inconformados com o fato daquela bolinha de pelos fofa comer passarinhos recém-nascidos, é bom não esquecer que os gatos têm o hábito de trazer sua caça para compartilhar com a família, no caso, você.
Então não se zangue; não adianta xingar o pobrezinho.
Por mais selvagem que pareça a você esse comportamento, procure entender o que seu gato está tentando lhe dizer.
Provavelmente é: “olha o que eu trouxe pra gente comer!”
Ingestão de plantas
Comer pequenas quantidades de grama ou plantas é normal para os gatos.
Isso não significa que estejam com dor de barriga ou vermes.
A razão para comerem grandes quantidades de vegetais é desconhecida.
Em alguns casos pode ser até que estejam com alguma indisposição gastrointestinal, mas na maioria das vezes comem porque gostam.
Grama e folhagens que não são digeridas pelos gatos, induzem o vomito ou agem como um laxante.
Existem várias plantas caseiras tóxicas para os gatos. Não vou dar a lista aqui, já que nas edições anteriores da revista é possível adquiri-la.
E como bom dono de gato, aposto que você já eliminou todas as ameaças de dentro de seu lar faz tempo.
Algumas plantas como o catnip podem induzir respostas alucinogênicas no gato.
A catnip estimula o sistema nervoso central dos gatos quando eles cheiram, lambem ou mastigam a erva.
A reação que cada felino apresenta pode variar, mas eles podem sacudir a cabeça, rolar, babar, esfregar o focinho no chão, durante uns 5 a 10 minutos.
Em torno de 40% dos gatos não tem a capacidade genética para resistir ao catnip.
Isso exige um gen autossômico dominante e esse comportamento manifesta-se pela exposição à planta.
Várias vezes já falamos dos gatos que tem reação ao catnip, e é um comportamento natural, sem nenhuma consequência para os animais.
O fato de gostar ou não de catnip é individual e não faz mal algum. Não é viciante, nem causa dependência.
Se você tem um gato comedor de plantas, faça uma pequena plantação de grama para ele ou acrescente uma pequena quantidade de vegetais a sua dieta.
Não permita jamais que seu gato coma plantas ornamentais de dentro ou de fora de sua casa.
Providencie vegetais apropriados para que mastigue sem que corra nenhum risco.
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Dra. Luelyn Jockyman -Médica Veterinária
Distúrbios Alimentares
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Hábitos e Problemas Alimentares III
Existe um problema de comportamento bastante irritante para os proprietários de gatos denominado de apetite depravado.
Isso nada mais é que a ação de sugar, mascar e comer coisas que geralmente não se considera comida.
A mania de comer material estranho não é causada por deficiência nutricional ou irritação gastrointestinal, mas, normalmente por alguma desordem compulsiva.
O exemplo mais comum deste distúrbio é sugar e comer lã, ou outros tipos de tecidos usados para confecção de roupas.
Infelizmente, esse é um problema mais comum em siameses, mestiços siameses e, ocasionalmente, birmaneses.
Na verdade, gatos de todas as raças podem demonstrar este comportamento, que começa logo após o desmame, e pode somente se restringir a sugar seus próprios rabos, garras e pés.
Esse comportamento obssessivo-compulsivo, é herdado e começa a ficar exacerbado logo após a puberdade (5 ou 6 meses de idade), persistindo pelo resto da vida.
O hábito pode ficar restrito a lã, ou estender-se a todos os tipos de roupa, tapetes, borrachas etc.
Todos os gatos que tem apetite depravado tendem a ser muito destrutivos.
Tentar corrigir esse comportamento pode ser muito difícil, e às vezes até, impossível.
Em alguns casos, comportamentos compulsivos como estes não tem cura, mas podem ser controlados pelo uso contínuo de drogas.
O proprietário pode dar ao gato roupas velhas feitas do material que ele gosta de roer, e torcer para que estas sirvam de distração e sejam preferidas às outras roupas.
Contudo, ao manter este hábito, o gato pode acabar ingerindo uma grande quantidade de material não absorvível, o que vai resultar numa obstrução intestinal, que só poderá ser corrigida cirurgicamente.
Mas esta sugestão é válida, apesar de parecer perigosa a primeira vista, porque alguns gatos somente sugam, enquanto outros comem pequenas porções.
Então raramente estes bichanos vão comer o suficiente para causar uma obstrução ou outro distúrbio intestinal.
Em casos isolados, os gatos adultos podem desenvolver a mania de comer objetos de madeira.
O impulso para este comportamento é o mesmo que o de comer lã, ou seja uma compulsão.
Os comportamento compulsivos são desencadeados por situações de conflito.
Ou seja, o componente hereditário pesa, já que alguns gatos nascem com essa propensão a desenvolver o comportamento, como já mencionamos anteriormente, mas junto precisa haver um gatilho para que o comportamento realmente se manifeste.
Qualquer situação que cause estresse ao felino pode fazer com que comece a desenvolver estes comportamentos.
A presença de outros gatos, dentro ou fora de casa, ou mudanças no ambiente caseiro são bons exemplos de causadores de tensão e ansiedade.
As mais diversas situações podem fazer com que o gato se sinta angustiado ao tentar fugir de um ambiente, ou não conseguir ter acesso a rua, fazendo com que se sinta frustrado e procure uma válvula de escape.
É mais ou menos como o hábito de roer as unhas nos humanos.
O tratamento para o apetite depravado pode ser a prescrição de uma medicação, mas principalmente identificar o causador do estresse e procurar saná-lo.
Efeitos da ansiedade no comer e beber
Os gatos que são expostos a novos ambientes, pessoas, convívio social ou outros animais, podem recusar alimento até o estresse passar ou até acostumarem com o novo estímulo.
Esta anorexia induzida por ansiedade pode permanecer por longos períodos e pode tornar-se um problema para o gato.
Certamente a causa mais comum de um gato não comer é devido a uma doença, como já falamos anteriormente, por isso só um veterinário pode dar o diagnóstico preciso após alguns exames.
Gatos com ansiedade frequentemente vomitam depois de comer.
Esse comportamento pode ser confundido com vômitos causados por bolas de pelos no trato gastrointestinal.
Os felinos se lambem excessivamente por causa de ansiedade induzida pelo ambiente, mas também por uma variedade de doenças de pele.
Por isso é necessário um diagnóstico diferencial preciso.
Comer lixo
Gatos são muito cuidadosos com o que comem. A mania de comer lixo raramente é observada em felinos, pelo menos os de dentro de casa, bem alimentados.
Os assaltos a lata de lixo podem acontecer caso um alimento muito perfumado esteja em jogo, mas como todos os donos de gato sabem, roubar comida de cima do balcão é a verdadeira especialidade de alguns bichanos.
Obesidade
A obesidade é a desordem nutricional mais comum em gatos e afeta aproximadamente 10 a 20% da população felina.
Estar acima do peso pode conduzir a sérios problemas respiratórios, cardiovasculares e hepáticos, bem como diabetes mellitus e neoplasias.
A causa do aumento de peso ocorre porque o(a) tutor(a) oferece quantidades descontroladas de alimentos (dieta comercial, comida humana ou guloseimas).
A castração não contribui significativamente para o ganho de peso no felino.
É verdade que gatos castrados são menos ativos, mas eles se ajustam quantidade de comida para compensar.
A crença que gatos castrados engordam provavelmente se desenvolveu por informação incorreta transmitida pelos efeitos da castração em outras espécies.
Outra razão para a falsa suspeita de que a castração causa obesidade é o fato de que os gatos normalmente são castrados no fim do período de crescimento (seis a sete meses).
Os donos não diminuem a quantidade de alimento, e assim os gatos comem grandes quantidades de ração, muitas vezes ainda destinada a filhotes.
O tratamento para obesidade em gatos deve começar com um exame físico detalhado, hemograma e urinálise para descartar a ocorrência de qualquer comprometimento clínico. Deve-se estabelecer precisamente o peso do gato e a meta ideal.
Para obter sucesso, deve-se não só mudar a dieta do animal, mas também educar o dono sobre como alimentar o gato saudavelmente.
A correta redução de alimento deve ser calculada.
Quando se diminui a quantidade de calorias é aconselhável dividir as refeições em duas vezes ao dia.
É importante ter certeza de oferecer um mínimo de calorias para o peso normal desejado, porque uma redução radical pode causar um problema grave ou mesmo fatal.
Pela mesma razão é importante que o gato coma a dieta programada para a perda de peso.
O veterinário deverá iniciar a dieta de redução de calorias e ir reajustando de foram que ele perca de 250 a 500 g por mês.
O maior problema no caso da obesidade em gatos é o proprietário.
Os gatos não assaltam a geladeira, e não comem escondido, e dependem exclusivamente dos donos para adquirir comida.
Estes muitas vezes falham ao acompanhar o programa de perda de peso do gato.
A dieta de emagrecimento deverá ser prescrita e acompanhada pelo veterinário em todos os casos.
Se você tem um gato gordo, estimule-o a fazer exercícios, procure ajuda para fazer uma alimentação balanceada, e tenha sempre em mente que os miados pedindo comida não passam de chantagem emocional.
Aguente firme, e saiba que o melhor para seu gato é emagrecer.
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Dra. Luelyn Jockyman – Médica Veterinária
Distúrbios Alimentares
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Distúrbios Alimentares em Gatos
Obesidade
Dra. Luelyn Jockyman, Médica Veterinária
A obesidade é a desordem nutricional mais comum em gatos e afeta aproximadamente 10 a 20% da população felina.
Estar acima do peso pode conduzir a sérios problemas de saúde como respiratórios, cardiovasculares e hepáticos, bem como diabetes mellitus e neoplasias.
Obesidade causada porque o dono oferece quantidades descontroladas de alimentos (dieta comercial, comida humana ou guloseimas).
A castração não contribui significativamente para o ganho de peso no felino.
É verdade que gatos castrados são menos ativos, mas aprecem se ajustar à quantidade de comida para compensar.
A crença que gatos castrados engordam provavelmente por informação incorreta transmitida pêlos efeitos da castração em outras espécies.
Outra razão para a falsa suspeita de que castração causa obesidade é o fato de que os gatos normalmente são castrados no fim do período de crescimento (seis a sete meses).
Os donos não diminuem a quantidade de alimento ou mudam para uma dieta mais proteica inespecífica.
O tratamento para obesidade em gatos deve começar com um exame físico detalhado, hemograma e urinálise para descartar a ocorrência de qualquer comprometimento clínico.
Deve-se estabelecer precisamente o peso do gato e a meta ideal.
Para obter sucesso, deve-se não só mudar a dieta do animal, mas também educar o dono sobre como alimentar o gato saudavelmente.
A correta redução de alimento deve ser calculada.
Quando se diminui a quantidade de calorias é aconselhável dividir as refeições em duas por dia.
É importante ter certeza de oferecer um mínimo de calorias para o peso normal desejado, porque uma redução radical pode causar um problema grave ou mesmo fatal.
Pela mesma razão é importante que o gato coma a dieta programada para a perda de peso.
Comece a dieta de redução de calorias e vá reajustando de foram que ele perca de 250 a 500 g por mês.
O fracasso em conseguir a cumplicidade do dono em acompanhar o programa de perda de peso do gato é a causa mais frequente de fracasso do programa.
O programa deve ser explicado a fundo e ter instruções escritas para o dono.
Ele deve ser avisado dos sérios problemas de saúde advindos da obesidade e o tempo necessário para obter sucesso com o programa.
É preciso manter um diário da comida ingerida e da consequente perda de peso.
Este diário deve ser levado ao veterinário para reavaliação e ajustamento do programa a cada três ou quatro semanas.
Quando o peso ideal for atingido, um programa para manutenção deverá ser criado, sempre com check ups periódicos para prevenir um retorno à obesidade.
Para os donos que tem dois ou mais gatos, pode ficar difícil quando só um deles precisa fazer dieta.
Para gatos com livre escolha, varais pequenas refeições devem ser oferecidas durante o dia, enquanto o gato sob dieta deve ser alimentado em outro aposento, longe da tentação.
Em último caso, existem coleiras específicas que emitem um sinal sonoro caso o gato se aproxime da tigela de ração, avisando o dono de que ele está preste a “assaltar a geladeira” por assim dizer.
Dra. Luelyn Jockyman, Médica Veterinária.
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Veja o vídeo: “O GATO COMO ELE É”
http://www.youtube.com/watch?v=bRGP7DZhO2M
A cirurgia de castração evita doenças, previne tumores, facilita o convívio e é garantia de bem estar emocional para cães e gatos, machos e fêmeas.
Saiba mais sobre os benefícios da cirurgia de castração:
https://www.gatoverde.com.br/castracao/beneficios/
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GatoVerde, em defesa dos Direitos Animais
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